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Basquetebol: «Vão aparecer mais títulos»

Hélder Albergaria e o título alcançado na Proliga


A Oliveirense fez uma travessia no deserto nos últimos quatro anos, mas esta temporada alcançou, finalmente, o oásis. Depois da despromoção ao mais baixo escalão nacional, a equipa foi galgando divisões e agora chegou à Liga. O responsável pela secção congratula-se com o feito e acredita que o futuro daqui por diante será bem risonho.

Foi com o objetivo de chegar à LPB que aceitou ficar responsável pela secção de basquetebol da UD Oliveirense?

Não foi de todo com esse objetivo, mas sim pelo vazio que se sentia no Clube e na cidade pela falta de uma equipa sénior a competir ao mais alto nível. Pese embora tenha sido criada duas épocas antes uma equipa para competir na CNB2, entendi que o Clube podia reunir condições, mesmo que assegurando não repetir os orçamentos avultados do passado, para recolocar a equipa na principal Liga Nacional.
Eu como todos os oliveirenses amantes do basquetebol, tínhamos e temos bem presente os magníficos momentos vividos no passado, quando a UD Oliveirense brilhava ao mais alto nível na extinta Liga Profissional.
Isso era algo que todos ansiavam muito ver de regresso ao nosso pavilhão.

Nunca chegou a duvidar que seria possível atingir esta temporada esse objetivo? Mesmo quando perderam o direito de subir automaticamente pela via de campeões da fase regular?

Quase nunca, confiava muito neste grupo! Nós tínhamos como objetivo único a conquista do título, que só por si já é suficiente para garantir o direito desportivo de competir na LPB na próxima época. O facto de o vencedor da Fase Regular conquistar o direito imediato a subir de divisão foi uma decisão inédita para este campeonato, que teve a sua origem numa reunião de clubes realizada em Leiria por via de uma sugestão de um dos clubes participantes, o Illiabum Clube.
Na verdade, o facto de termos perdido a liderança na penúltima jornada acabou por ser mais um tónico para que todo o grupo se focasse ainda mais no objetivo principal, que acabámos por concretizar com todo o mérito.

Na sua opinião, Oliveira de Azeméis continua a ser uma cidade que gosta de basquetebol?

Se dúvidas existissem, elas seriam todas dissipadas com o percurso destes últimos quatro anos!
Ficou bem demonstrado a toda a nação basquetebolística que, na verdade, Oliveira de Azeméis e a UD Oliveirense constituem um caso raro no panorama nacional. Obviamente que o entusiasmo e o regresso ao pavilhão dos nossos muitos apoiantes foi subindo à medida que a equipa foi também conquistando subidas de divisão e títulos.
O ambiente a que se assistiu no Pavilhão Dr. Salvador Machado nos playoffs das últimas épocas duas já na Proliga, e a conquista do troféu António Pratas no início desta temporada, fizeram-nos reviver, já muito de perto, os já aqui referidos saudosos momentos do passado na LCB.
Contudo existem outros fatores que também contribuíram, pois durante estes 4 anos apostámos forte nos atletas formados no clube, e com isto conseguimos também atrair mais apoiantes através de familiares e amigos destes, assim como o projeto das Cheerleaders, trazendo assim mais espetáculo ao próprio espetáculo.

Já lá vão alguns anos à frente do clube. O que falta para que a Oliveirense volte a ser um clube de referência no escalão principal da modalidade?

Creio que nada falta. O mais difícil de encontrar está na génese dos oliveirenses, a paixão pelo basquetebol. No sentido inverso veja-se o esforço que a maioria dos clubes portugueses fazem no sentido de promoverem a modalidade, de cativarem adeptos, de investirem na conquista de títulos e, salvo algumas exceções, raramente vêem os seus pavilhões repletos. É óbvio que temos pela frente a continuidade de um trabalho tão ou mais árduo do que até aqui, no sentido de consolidar este regresso ao mais alto nível e, a seu tempo, sem prazos marcados, aparecerão mais títulos com certeza.

Pensa que o plantel e a própria estrutura da equipa sofrerá muitas alterações de modo a poder ser ainda mais competitiva e mais bem preparada para participar na LPB?

Não vou mentir se disser que já pensei na próxima época, contudo é ainda prematuro falar-se dela, pois é público que o clube atravessa atualmente um vazio diretivo.
O que posso garantir a todos os oliveirenses é que, caso continue, a base e a filosofia adotada durante estes quatro anos na secção será para manter, ou seja, ao fazer regressar quase em 100% os atletas aqui formados no passado recente, é suficiente e é o nosso objetivo. Se acrescentarmos mais dois ou três atletas portugueses que inequivocamente acrescentem valor ao grupo, ótimo, caso contrário podemos sempre e em último recurso, ocupar as vagas com estrangeiros a que temos direito na LPB.

Que significado atribui a este titulo de campeão da Proliga?

O coroar de um sonho, não propriamente pelo título mas sim por tudo o que se conseguiu durante estes 4 anos! Absolutamente incrível e impensável, mas conseguido tal como projetado. Aproveito também para agradecer a todos os atletas, treinadores, Staff, patrocinadores e claro está… aos nossos adeptos! 

Fonte: fpb.pt

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