Se a passagem a esta eliminatória poderia ser mais natural para a UDO – que nas duas últimas épocas já vencera o troféu – foi a ELA, a militar na 2.ª Divisão, quem mais festejou o carimbo para os quartos, conseguido após derrotar em casa a prima-divisionária equipa do Hóquei Académico de Cambra, por 7-6.
Já a Oliveirense, atual terceira classificada (63 pontos) do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, afastou da competição a Física de Torres Vedras, por 1-3.
O conjunto que triunfar no embate entre as equipas oliveirenses irá encontrar, na próxima fase da Taça, ou o HC Paço de Rei ou a Sanjoanense. Os restantes encontros serão entre o Valongo e o Benfica e o Candelária e o FC Porto.
O treinador-jogador da Escola Livre reconhece o natural favoritismo da UDO, mas assegura que os seus atletas “vão dar o que têm e o que não têm”.
A possibilidade de o conjunto chegar pela primeira vez a uma final-four é um “tónico” motivador, o que faz com que este seja, nas palavras de Paulo Rui, “um jogo em que tudo pode acontecer”.
Acresce que “é sempre difícil jogar no recinto da Escola Livre”. Fatores que, somados, concorrem para deixar mais incentivado o clube da “santinha”, cujo técnico dá o exemplo do ELA – HÁ Cambra, também para a Taça: “Também tinham o favoritismo do lado deles, mas estiveram a perder por 1 a 6. Conseguiram dar a volta, e perderam no golo de ouro”, recorda o treinador.
Apesar da equipa estar um pouco desiludida com o Campeonato – o próprio Paulo Rui assume que “queria dois ou três lugares acima, porque penso que a equipa tem qualidade suficiente para isso” – os jogadores não desanimam e agarram-se ao sonho de jogar na final-four.
“Eu já lá estive há uns anos, pela Oliveirense, mas para alguns destes jogadores seria a primeira vez e é por isso que eles vão lutar”, revelou, em declarações ao QueiraMais – Desporto.
As equipas protagonistas da eliminatória fazem com que este venha a ser um espetáculo peculiar, a nível das bancadas, mas o que importa a Paulo Rui e à Escola Livre é ver a casa cheia.
“Espero um pavilhão com muita gente, até porque este é um jogo para ajudar a ELA, que atravessa sérias dificuldades financeiras. Cada pessoa irá apoiar o seu clube e estou certo que no final não vamos ter os problemas que tivemos em S. João da Madeira, porque isso é o mais importante”, completa Paulo Rui Almeida.
UDO: Respeito pelo adversário
Miguel Rocha e Gonçalo Alves, atlestas da Oliveirense |
É o que dizem Gonçalo Alves e Miguel Rocha – que vieram das camadas jovens do Sporting e do Benfica para a UDO e querem ajudar os unionistas a juntarem a terceira Taça de Portugal consecutiva ao seu palmarés.
“Temos de ganhar”, afirma Gonçalo Alves, perante a anuência de Miguel Rocha, o qual recorda que conquistar o “caneco” é uma meta que o clube tem há muitos meses definida.
Ambos concordam, também, que será um jogo complicado, pois têm a noção de que para a ELA é “o jogo do ano”, o que – sabem – poderá fazer com que a adversária se agigante no ringue e apresente uma exibição esmerada.
“Somos mais fortes, sim, mas não basta dizer isso. Será necessário mostrá-lo em campo”, avisa Gonçalo Alves, que já tem um olho posto nos últimos jogos do Campeonato: na ida ao Pico, para defrontar o Candelária, é importante uma vitória para consolidar o 3.º lugar; e a fechar o calendário, outra saída, mas ao Sporting.
No meio, a receção ao FC Porto, que merece um comentário especial de Rocha: "Já demonstrámos que em casa somos fortes e que podemos ganhar a qualquer equipa”.
Fonte: desporto.queiramais.com
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